🌞 #8: A comunicação nebulosa e a ensolarada.
E por que você deve saber a diferença entre as duas?
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Você já viajou por uma estrada num dia de neblina forte, daquele jeito que você não enxerga nem dois metros à frente?
Eu já dirigi assim e me lembro bem das sensações.
Medo, apreensão, insegurança. Ao menor sinal, o instinto manda pisar no freio. A vontade mesmo é sair dali o mais rápido possível.
Quando a gente não enxerga o que tem do outro lado, só quer fugir.
E se eu te disser que o seu cérebro age da mesma forma quando recebe uma informação confusa?
Ele só quer passar para a frente e não ficar demorando naquele caminho que não deixa claro para onde vai levar.
Essa é a comunicação "nebulosa". Ela afasta as pessoas.
Já a comunicação "ensolarada" mostra o horizonte limpo, claro, sem nuvens e deixa a gente ver bem longe. Dá segurança, dá vontade de continuar por ali.
Vou te contar um caso real!
Nos anos 1970, o governo dos EUA percebeu que as leis de lá eram nebulosas. Eram muito difíceis de entender até para os mais entendidos (alguma semelhança com o Brasil?)
Esse problema custou muito tempo e dinheiro aos cofres públicos porque as pessoas não entendiam as regras e aí tudo precisava ser reformulado sempre.
Percebendo que algo de errado não estava certo, alguns salvadores da pátria decidiram investigar o problema. Depois de muita queimação de neurônios, acharam.
Como solução, criaram o Plain Language (linguagem plana, em inglês) para desnublar (sim, essa palavra existe!) os textos jurídicos e fazer o povo entender de um jeito mais claro e simples.
Surtiu efeito?
Muito! Até hoje o modelo é copiado, disseminado, aprimorado e… enfim, é um sucesso!
E por que é importante diferenciar a comunicação nebulosa da ensolarada?
Porque muitas marcas falam, escrevem e rezam junto para alguém entender aquele monte de palavras e frases que parecem parágrafos de leis.
E aí, a comunicação fica tão saborosa quanto comida sem sal…
Para que isso não aconteça com a sua marca, antes de se sentar para escrever qualquer coisa ou mesmo direcionar seus redatores, você pode se perguntar:
Minha audiência entende todas as palavras que eu uso?
Eu vou direto ao ponto no que falo?
Minha comunicação parece um bate-papo, uma conversa?
Eu escrevo para as pessoas que estão lendo, vendo ou ouvindo pela internet?
Um “sim” para todos estes pontos prova que sua comunicação está num bom caminho.
Mas, se houver algum “não”, é prudente tirar a neblina da frente dela.
Lembre-se: na internet, a atenção das pessoas é valiosa mas também passageira. Suas palavras precisam fazer com que elas vejam o que quer comunicar, como um sol faz você ver o horizonte.
Conseguir fazer isso aumenta as chances de você se conectar com seu público.
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