👩#21: Sabe a história da base de R$200 da Virgínia?
Não vou falar sobre isso não. Vou falar da concorrente!
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Sabe a história da base de 200 reais da influenciadora Virgínia Fonseca que tá dando o maior bafafá nos últimos dias?
Não vou falar dela não! Já tem muita gente acabando com a menina na internet.
(Se você não sabe do que eu tô falando, joga assim no Google: "base Virginia polêmica" que você vai ficar por dentro de todos os babados)
Eu vou é falar da concorrente dela, a Bruna Tavares, que tem sido super coerente na sua narrativa de marca e, por isso, só cresce. Sem cancelamentos virtuais!
A Bruna não começou ontem no mundo da maquiagem. Formada em Jornalismo pela PUC Campinas, em 2009 ela criou o primeiro blog quando ainda era estudante para treinar a escrita e montar um portfólio.
Logo depois começou a falar de moda, cultura e beleza no site Pausa para feminices.
Foram 3 anos pesquisando e escrevendo sobre isso (e já fazendo publis) quando algumas grandes marcas perceberam a sua influência e ela foi convidada para lançar uma linha de batons. O pagamento ela pediu em… batons!
A estratégia de divulgação foi, digamos, bem estratégica.
Ela começou a enviar os batons junto com um cartãozinho para jornalistas e influenciadores da época.
O resultado: em pouquíssimo tempo, alcançou o top 1 de vendas e alavancou ainda mais sua imagem como blogueira de maquiagem. Passou de 4 mil acessos por dia para mais de 400 mil.
Daí, em 2012, foi chamada para criar uma linha completa de maquiagem que, em 2016, virou marca própria - a BT Skin.
Em 2020, em plena pandemia, lançou a sua linha de bases para o rosto com um grande diferencial e sem fórmulas místicas ou apelativas sobre os cuidados com a pele.
O produto e a narrativa foram muito simples:
30 tons de base cujas cores se encaixam perfeitamente no rosto das brasileiras, servindo como uma segunda pele.
Foi a primeira marca brasileira a oferecer isso. O preço de lançamento? R$ 69,90 cada. Bem condizente com um produto nacional que não paga imposto de importação.
Hoje, pouco mais de dois anos depois do lançamento da base, a BT Skin tem um faturamento que ultrapassa os R$150 milhões por ano!
Enfim, como essa semana a blogueiragem está em polvorosa por causa do produto de qualidade questionável da Virgínia, trazer este caso da Bruna Tavares, com posicionamento de marca e narrativa bem construída, é bem pertinente.
E uma curiosidade: hoje em dia a Bruna participa da concepção dos produtos dentro do laboratório e, como preza pelo conteúdo de marca, faz questão de continuar escrevendo todos os textos, inclusive os releases de divulgação e os cartuchos dos produtos.
Afinal, o marketing não faz milagres.
Ele não dá conta de convencer o consumidor de qualquer coisa, como dizem por aí, quando falta coerência no produto, consistência na história da marca e quando a narrativa é falha.
Isso, minha gente, é com tempo e dedicação que se conquista. Sem atalhos!
Me conta o que achou dessa história?